Esta página em parceria com o Museu da Pessoa é dedicada a compartilhar histórias e depoimentos dos Moradores da cidade de São Bernardo do Campo.
História da Moradora: Juliana Trindade Nery
Local: São Paulo
Publicado em: 05/04/2004
História de Vida
Sinopse:
Meu nome é Juliana Trindade Nery, nasci em São Bernardo do Campo. Meus pais são Willer Trindade Nery e Edwiges Leonor Nery meu pai trabalha como encarregado de transporte e gosta muito do que faz, minha mãe sempre foi dedicada a sua casa e seus filhos. A origem familiar é um pouco complicada, pois meu pai é neto de Italianos com português, já a minha mãe é filha de Alemães. Tenho grandes e boas lembranças de minha infância, onde a maior parte passei em São Bernardo do Campo uma cidade de amo de coração, e meu irmão também, morávamos em uma casa (sobrado), cujo endereço acho que não vou esquecer jamais.
R: Miro Vetorazzo, 203. Tenho muitas lembranças de uma praça que tem até hoje lá, com três quadras. Minha família tem como característica maior ser um pouco nervosa, não sei se a influência de meus descendentes tem a ver com isso Além de mim tenho 2 irmãos o Júnior ou melhor amigo, que é um apelido que ele tem desde pequeno, e a Jaqueline a caçula da casa. Todo final de ano minha família ia para Belo Horizonte, onde mora minha vó Maria de Lourdes e meus tios. Tenho boas lembranças dos Natais que passei lá, lembro de minha tia Wilma, onde sempre foi considerada a mais brava pelos sobrinhos, nós respeitávamos e respeitamos mais ela do que nossos próprios pais. Lembro-me de meu avô paterno também O vô dedão, lembro-me dele sempre nos natais que era sempre tudo com muita fartura.
É uma pena que a distância ás vezes atrapalha a nossa relação Estudei e uma escola muito grande no bairro que eu morava, nunca esqueci do rosto da minha primeira professora, até um certo tempo atrás minha mão não sabia que ás vezes ele falava que ia para a escola mas acabava não indo, eu ia para o banco da praça a qual comentei anteriormente dormir, pois dormíamos eu e meu irmão no mesmo quarto e ficávamos até tarde bagunçando, e quando era para ir para escola, não conseguia nem ficar em pé Eu era uma menina muito elétrica, ficava o dia inteiro na rua, só voltava para casa quando minha mãe prometia me bater, lembro-me de alguns vizinhos do bairro, como o João preto que me carregava no ombro.
Sempre sonhei em ser Veterinária, sempre fui apegada aos bichos, tivemos durante muitos anos um cachorro chamado Badaró, quando ele morreu parecia que tinha sido alguém da família que tinha ido embora. Moro atualmente com meus pais, pretendo em 99 fazer minha faculdade, que meu maior sonho. Enfim espero que daqui uns anos possa acrescentar muitas e muitas mais histórias (Juliana Trindade Nery enviou seu depoimento para o Museu da Pessoa em 25 de dezembro de 1998 pela página na internet)