Prefeitura embarga reforma da Câmara de São Bernardo

A Prefeitura de São Bernardo embargou a reforma do prédio da Câmara por 24 horas e autorizou a continuidade da intervenção apenas à noite. A Secretaria de Obras solicitou terça-feira a paralisação da demolição do Palácio João Ramalho até que fosse apresentado documento comprovando que a intervenção não compromete a estrutura do edifício do Paço Municipal, que fica ao lado. Ontem, funcionários da empresa responsável pela obra apenas recolheram o entulho que estava acumulado.

Em nota, a administração Luiz Marinho (PT) informou que a Câmara apresentou na tarde de ontem um laudo feito por técnicos da Construtora Cronacon, responsável pela demolição e construção do novo prédio, e está liberada para continuar a reforma no período noturno.

“Apresentamos a documentação e a obra está liberada. Vamos realizar outro plano para a demolição. Não queremos causar incômodo”, disse Minami. O chefe do Legislativo descarta qualquer conotação política na medida tomada pela gestão petista. “Não vejo isso, foi questão meramente técnica”.

A trepidação decorrente da demolição, que pode ser sentida no Paço, já vinha sendo alvo de preocupação do Executivo e do Legislativo. Minami havia se reunido com técnicos responsáveis pela obra para resolver o problema.





Embora a quebra da antiga estrutura esteja normatizada, a documentação sobre a construção do edifício ainda está em análise na Secretaria de Obras. O projeto arquitetônico ainda não foi aprovado, conforme o Diário adiantou na segunda-feira. O tucano disse que está tranquilo e que não teme paralisação dos trabalhos.

Com previsão de dez meses para ficar pronta, a reforma modificará totalmente a Casa.Serão 8.000 metros quadrados em três andares. Além do aspecto de modernidade, o projeto visa também preparar o Legislativo para receber mais vereadores a partir de 2013. Pela faixa populacional em que se encontra (entre 700 e 900 mil habitantes), a cidade São Bernardo pode contar com 28 parlamentares na próxima legislatura.

POLÊMICA
A intervenção tem sido alvo de questionamentos e polêmcias antes mesmo de o edital de licitação ser lançada. As do PT e DEM na Câmara, por exemplo, protocolaram ofício pedindo que a licitação fosse adiada. Cobravam detalhes do projeto e custo da obra.

Posteriormente, Minami chegou a suspender a concorrência porque uma das empresas que participava do certame entrou com representação apontando erro técnico na planta de um dos pavimentos da obra. Os números não batiam com a descrição do projeto.

Fonte: Diário do Grande ABC





Deixe seu comentário