O PMDB da cidade São Bernardo anunciou na quarta-feira (3) que terá candidatura própria para prefeito nas eleições de 2012.
O partido reuniu o presidente do diretório, Vanderlei Jueli, e os vereadores Tunico Vieira e Gilberto França, para sacramentar o traçado de um caminho próprio no pleito municipal.
Vieira foi o escolhido para encabeçar o processo e fazer jus ao que a sigla classificou de patrimônio eleitoral, de 35 mil votos na cidade incluindo parlamentares eleitos, suplentes e correligionários.
O que mais chamou a atenção no cenário posto pelo PMDB são-bernardense foi o discurso de união partidária. Com retrospecto de diferenças entre Tunico e Gilberto, o presidente do partido garantiu que ambos andarão juntos até 2012, inclusive no posicionamento na câmara.
“Vão estar juntos de agora em diante. É algo irreversível, contando com o aval do Temer e do Baleia Rossi”, disse Jueli, mencionando os dois principais caciques do PMDB, o vice-presidente da República Michel Temer e o presidente da executiva estadual. A dúvida, agora, fica por conta da aceitação do eleitorado peemedebista.
Por duas vezes, esteve em situações distintas, com a vice do então candidato a prefeito Vicentinho, em 2004, e o comando da Secretaria de Relações Internacionais durante o governo William Dib, até 2008.
“Vamos ter dificuldade de explicar ao eleitorado, mas vamos construir um discurso a partir de agora”, disse Tunico.
Nos bastidores, a candidatura peemedebista e a união de forças do partido, é encarada de duas formas. A primeira coloca uma estratégia governista de angariar votos e, consequentemente, tirar eleitores de um virtual adversário no caminho da reeleição do prefeito Luiz Marinho: o deputado estadual Alex Manente.
PPS e PMDB lutariam por votos em regiões onde há certa rejeição ao PT, o chamado anti-petista. Por outro lado, seria uma forma de pressionar o bloco governista a ter espaço em um futuro governo de coalizão com, por exemplo, a indicação de vice-prefeito.
Fonte: Rede Bom Dia