Indústria de São Bernardo busca oportunidade com Boeing

Depois de buscar oportunidades com a empresa sueca Saab e com a francesa Dassault, a cidade São Bernardo se movimenta para fechar negócios com a americana Boeing. O objetivo é integrar a indústria local à rede de fornecedores e subfornecedores da companhia dos Estados Unidos para inserir empresas do município na cadeia de suprimentos para o setor aeronáutico.

“Temos feito trabalhos em parceria com a prefeitura para conseguirmos trazer novas oportunidades de negócios para a cidade independentemente de qual caça seja escolhido pelo governo federal”, explica Mauro Miaguti, diretor titular do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) São Bernardo.

Para aproximar as empresas do município a Boieng, a companhia enviou questionários às indústrias com o objetivo de selecionar potenciais fornecedores. “Com isso em mãos, a Boieng vai avaliar as possibilidades de ter alguma parceira na cidade”, completa.





Segundo o diretor do Ciesp, a intenção destas tratativas com empresas do setor aeronáutico é ampliar as possibilidades de negócios, uma vez que a indústria regional ainda é muito voltada para o setor de autopeças. “Estrategicamente, nunca é bom uma empresa depender só de um setor. É sempre bom ter mais de um mercado atendido para garantir sucesso nos negócios caso um deles passe por dificuldade”, conta. Outro ponto defendido por Miaguti é o alto valor agregado das peças para aviões e até mesmo dos possíveis novos postos de trabalho abertos.

Dificuldades
“Para conseguirmos fechar negócios tanto com a Boieng quanto com a Saab e com a Dassault, precisamos quebrar o paradigma de que não é possível mudar. Muitos empresários teimam em dizer que não podem ou não conseguem produzir algum certo tipo de peça diferente daquela que estão habituados. Queremos mostrar para eles que é possível sim. Parcerias com universidades podem ser importantes neste ponto para o desenvolvimento de novas tecnologias”, ressalta.

Procurado, o prefeito Luiz Marinho salientou a importância da proximidade com empresas do setor aeronáutico, mas lembrou que a empresa norte-americana ainda não o convidou para conhecer o caça que está sendo oferecido ao governo brasileiro.

Fonte: Repórter Diário





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