Os parentes do auxiliar administrativo Lucas Barbosa Lima de Souza, 23 anos, que morreu no sábado vítima de infarto no Hospital São Bernardo, vai processar o hospital e o convênio médico por negligência.
A família acusa o hospital de não ter oferecido atendimento cardiológico necessário para dar assistência ao paciente, que era conveniado da Intermédica e estava internado desde o dia 8.
Para poder dar entrada na ação judicial. a mãe da vítima, Antonia Regina Barbosa de Souza, 43, aguarda a liberação do atestado de óbito de Lucas, o que deverá acontecer amanhã, e o relatório prometido pelo hospital com os procedimentos médicos adotados durante o período de internação do paciente. “Vamos registrar boletim de ocorrência e dar início ao processo. Mas nenhum dinheiro no mundo vai pagar o que estamos passando. Esses médicos são assassinos e precisam perder seus registros.”
A mãe sustentou que o convênio deve ser responsabilizado por “ter vetado” a cirurgia de correção na válvula da aorta do coração. Já o hospital, segundo Regina, deve responder pela falta de assistência no dia da morte, quando Lucas chegou a desmaiar duas vezes. A vítima sofria de Síndrome de Marfan, que pode levar ao aneurisma caso não haja intervenção cirúrgica.
A família relatou que o hospital não se ofereceu para custear o velório e enterro. “A empresa em que ele trabalhava pagou as despesas”, disse a mãe.
Procurado, o Hospital São Bernardo, localizado na Avenida Lucas Nogueira Garcêz, não se pronunciou a respeito da possibilidade de responder o caso na Justiça.
Em nota, a Intermédica esclareceu que o paciente foi internado uma semana antes com pneumonia e que foi assistido por um pneumologista, clínico-geral e cardiologista.
O convênio afirma que Lucas foi atendido e medicado após o primeiro desmaio, identificado como hipotensão (baixa pressão arterial), mas que o jovem não reagiu às reanimações realizadas após a parada cardiorrespiratória.
Fonte: Diário do Grande ABC