Os estudantes da Faculdade Anchieta de São Bernardo, adquirida recentemente pela Anhanguera Educacional, fizeram protesto no início da noite de ontem, em frente ao campus, Avenida Senador Vergueiro, contra a administração da instituição de ensino. Em torno de 500 alunos participaram da manifestação, com direito a nariz de palhaço e carro de som.
Entre as reclamações está a demissão de professores com mestrado e doutorado, superlotação de salas de aula em alguns dos cursos oferecidos, como Pedagogia e Logística, diminuição da carga horária com a substituição de aulas presenciais por à distância, aumento abusivo de mensalidade e mudanças na grade curricular sem prévio aviso.
“A ideia do protesto começou quando tomamos conhecimento de que alunos já formados em Contabilidade e Pedagogia não conseguiram emprego após passarem em processos seletivos porque a carga horária dos cursos não condizia com o mínimo pedido pelo MEC (Ministério da Educação)”, explica Cristiane Di Pacce, 28 anos, estudante do 5º semestre de Pedagogia.
Com gritos de “Educação não é mercadoria” e “A Anhanguera é a pior faculdade do Brasil”, os estudantes concentraram-se na porta da faculdade, mas não impediram a passagem de quem queria assistir as aulas. No entanto, poucos entraram no prédio. A manifestação ainda contou com o apoio do Sinpro (Sindicato dos Professores do ABC). “Os professores não participaram, por medo de represálias, mas se solidarizam totalmente com a situação dos alunos”, afirma o presidente da entidade, José Jorge Maggio.
Trânsito
Para chamar mais atenção às reivindicações, o grupo interrompeu o tráfego nas duas pistas da Avenida Senador Vergueiro por cerca de cinco minutos. A medida não afetou o andamento do trânsito. A direção da Anhanguera não recebeu a reportagem para comentar sobre o protesto.
Fonte: Diário do Grande ABC