Moradores que ocuparam terreno da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) na Vila Ferreira, em guia de São Bernardo, não aceitaram a proposta oferecida pela empresa. As famílias exigem abrigo para todos ou então mais 48 horas para sair.
Mais cedo, a CDHU tinha proposto pagar uma parcela única de R$ 1,2 mil no prazo de 48 horas para cada uma das 380 famílias cadastradas, além de abrigar em hotel os moradores com necessidades especiais, incluindo idosos. O Estado havia garantido ainda que os pertences dos desalojados seriam alocados no guarda-móveis da CDHU, localizado no Centro da Capital, e que o transporte seria feito por vans e caminhões da própria companhia.
O advogado da comunidade, Breno Rusig, chegou às 14h30 na Vila com uma ordem judicial que obriga a companhia a oferecer os abrigos. Contudo, a CDHU já informou que não irá rever a proposta e que a Tropa de Choque irá invadir os barracos caso os moradores se recusem a deixar o local.
Discórdia – A ação de reintegração teve início por volta das 7h. A área fica entre as avenidas Humberto de Alencar Castello Branco e Bezerra de Menezes, até a Rua João Capitâneo.
Segundo o líder da comunidade, Domingues Pereira do Nascimento, os moradores não foram notificados a respeito da ação, e por isso pedem um prazo de 48 horas para deixar o local pacificamente. A Justiça, no entanto, mandou dar continuidade à reintegração.
O advogado Breno Rusig afirmou que a comunidade foi informada sobre a desocupação no domingo, por meio de um documento informal que não esclarecia a data da reintegração. O defensor disse ainda que vai entrar com uma ação na Justiça para suspender a liminar.
De acordo com a PM (Polícia Militar), 400 policiais estão na região. A Tropa de Choque está posicionada no terreno e o clima é tenso.
Fonte: Diário do Grande ABC