São Bernardo é a 4ª maior exportadora do Estado

O município de São Bernardo se manteve como o quarto maior exportador do Estado de São Paulo, de acordo com ranking elaborado pelo Ciesp/ Fiesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com base no desempenho de suas diretorias regionais.

No primeiro trimestre, as vendas da diretoria de São Bernardo (que considera apenas o município) ao Exterior somaram US$ 951,5 milhões, recuo de 8,6% na comparação com os três primeiros meses em 2011, quando o volume atingiu US$ 1,041 bilhão.

Apesar da queda nas exportações, São Bernardo se manteve à frente de Campinas (que inclui mais 20 cidades), com faturamento de US$ 900 milhões no período e, como carro-chefe, peças e acessórios para veículos.

O desempenho do município só ficou atrás de São Paulo (que inclui mais sete cidades e lidera as vendas ao Exterior com a produção e o refino de açúcar), São José dos Campos (congrega mais sete municípios e desponta com a fabricação de aeronaves) e Santos (reúne mais cinco cidades e se destaca graças ao açúcar).

Dentre os produtos mais vendidos pelas companhias são-bernardenses a outros países, especialmente para a América Latina, estão veículos e carrocerias. As exportações desses itens praticamente mantiveram o ritmo de janeiro a março de 2011, com recuo de 2,38%.

A professora do departamento de Economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Maria do Carmo Romeiro, ressalta que, apesar da leve diminuição nas vendas, os veículos são um dos principais assuntos da pauta de exportação do País, ao lado de suco de laranja e açúcar.





O comércio automotivo ao Exterior atingiu US$ 572,2 milhões, o equivalente a 60,14% do total. O montante expressivo se dá pela concentração de montadoras (Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Toyota e Scania) em São Bernardo. O pior desempenho, no entanto, coube ao segmento de outros equipamentos de transporte, exceto veículos, que registrou maior recuo na comercialização ao Exterior, com retração de 45,66% e faturamento de US$ 32,1 milhões.

A comercialização de máquinas e equipamentos ajudou a garantir a quarta posição do município no  ranking estadual, com crescimento de 30% e vendas de US$ 98,7 milhões.

“A indústria nacional tem perdido muita competitividade no Exterior por conta do dólar, que deixa o nosso produto mais caro lá fora e facilita a entrada de importados”, afirma José Rufino, diretor do departamento de comércio exterior da regional do Ciesp em São Bernardo. Durante o primeiro trimestre a cotação da moeda norte-americana oscilou entre R$ 1,69 e R$ 1,86.

DÓLAR – Proprietário de empresa que fabrica ferramentas para perfuração de rochas, Rufino conta que, de janeiro a março, houve intensa cotação por parte de estrangeiros. “Boa parte das vezes, no entanto, perdíamos para outro país que oferecia preços mais atrativos”, relata.

Com o dólar subindo em abril, e chegando a R$ 2, porém, o diretor do Ciesp conta que as exportações melhoraram. “Hoje, rompendo a barreira dos R$ 2, já começa a valer mais a pena. Mesmo para quem importa matéria-prima, como eu. Considerando que meus gastos com insumos cheguem a 1/3 do preço, mesmo que eles fiquem mais caros, terei uma compensação com os 2/3 restantes, que correspondem à produção e venda do produto no Exterior”, exemplifica Rufino.

Fonte: Diário do Grande ABC





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