Creche onde criança morreu reabre as portas em São Bernardo

Após 76 dias de interdição e fechamento ao público, a Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Francisco Diassis Gomes Teixeira, no Parque Esmeralda, região do Alvarenga, em São Bernardo, reabre hoje para o ano letivo 2012. A escola, que domingo completa um ano de inauguração pelo governo Luiz Marinho (PT), ficou marcada pelo acidente que vitimou menino de 1 ano e 2 meses.

A criança brincava no solário externo, por volta das 12h do dia 7 de dezembro, quando o revestimento do beiral de concreto caiu sobre sua cabeça. A Polícia Civil aguarda o laudo pericial para confirmar as causas que provocaram a morte de Reynan de Moraes de Nascimento Cruz.

“Por que aquilo caiu? É o que preciso saber para relatar e finalizar o inquérito”, afirmou o titular do 8º Distrito Policial de São Bernardo, Nelson Jorge Noronha Nassif, que até ontem não havia recebido o laudo para descobrir o que teria motivado o incidente.

Técnicos do IC (Instituto de Criminalística) de São Bernardo solicitaram à Prefeitura plantas do prédio e documentação  da obra executada pela H.Guedes Engenharia, responsável pela construção da Emeb. Nassif informou que os documentos já foram enviados aos engenheiros. Com a conclusão do inquérito, o delegado enviará o processo ao Ministério Público, que poderá ou não oferecer denúncia à Justiça, além de requerer alguma diligência.





A equipe do Diário esteve mais uma vez na creche – a fachada foi novamente pintada. O vigilante disse que as aulas começam hoje – a reunião dos pais ocorreu dia 16.

Após liberação por parte da Polícia Civil, funcionários terceirizados da H. Guedes, responsável pela obra, reformaram a escola, inclusive no local do acidente. Procurada ontem, mais uma vez, a construtora preferiu não se manifestar.

Os pais da criança continuam abalados com a morte do filho – a mãe Alexandra de Moraes Colla tem conhecimento do início das aulas.

A Prefeitura não informou o número de crianças matriculadas na creche – em 2011, foram 160, entre 6 meses e 3 anos. O governo apenas confirmou o retorno das aulas.

Isabela Pereira da Silva, 3 anos, consta do cadastro de fila de espera na creche, segundo a avó Francinete Pereira da Silva, 43, do Jardim das Oliveiras. “Por ora, ela não tem como ir à escola”.

Fonte: Diário do Grande ABC





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